terça-feira, 3 de fevereiro de 2009


"É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida..."
Mário Quintana

Um comentário:

Sonia Schmorantz disse...

Gosto muito de Mário Quintana, ora romântico, ora irônico em relação a vida...parabéns pela escolha.
Um abraço e boa quinta-feira